Um pensador da autoridade, um cidadão da palavra
Miguel Morgado é uma figura incontornável da reflexão política contemporânea em Portugal. Professor universitário, ensaísta e comentador, combina o rigor académico com a capacidade de intervenção pública esclarecida. Doutorado em Ciência Política e licenciado em Economia, leciona na Universidade Católica Portuguesa, onde dirige o Instituto de Estudos Políticos — um espaço de pensamento plural, exigente e livre. É um intelectual público que se move com naturalidade entre as bibliotecas e os parlamentos, entre os grandes clássicos da teoria política e os desafios concretos da governação democrática.
O seu percurso é marcado por uma profunda atenção às ideias que moldam as sociedades. Autor de ensaios sobre autoridade, soberania, tradição e liberdade, Morgado parte da história do pensamento ocidental para iluminar as tensões do presente. O seu trabalho, profundamente enraizado em fontes clássicas, distingue-se por uma escrita densa mas acessível, que não cede ao facilitismo nem à superficialidade. A sua contribuição é, acima de tudo, pedagógica: oferece ao espaço público instrumentos intelectuais para pensar a política com mais profundidade, mais lucidez e mais exigência.
Uma vida de ideias com impacto na vida real


Miguel Morgado é também um homem de ação. Entre 2011 e 2015 foi assessor político do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, onde acompanhou de perto um dos períodos mais desafiantes da democracia portuguesa. Depois, entre 2015 e 2019, foi deputado à Assembleia da República, papel em que aprofundou a sua visão sobre as instituições, os partidos e os limites do exercício político. Essa vivência direta das estruturas de poder não o afastou da reflexão — pelo contrário, tornou-o ainda mais sensível às distorções e promessas não cumpridas da democracia representativa.
A sua produção intelectual atravessa diferentes géneros e públicos. Escreveu livros como Soberania, Autoridade, O Conservadorismo do Futuro e A Aristocracia e os seus Críticos, que são hoje referências na teoria política portuguesa. Organizou, com Rui Ramos, a colectânea Linhas Direitas, e coassinou obras sobre arte empresarial e economia política. É também responsável por traduções anotadas e ensaios introdutórios de autores fundamentais como Montesquieu, Locke, Bacon e Leo Strauss — trabalho que revela o seu compromisso com a exigência conceptual e com uma tradição intelectual que nos ajuda a compreender, de forma mais estruturada, o nosso tempo.
Pensar politicamente é aceitar a inquietação permanente de quem recusa a facilidade das certezas.
Miguel Morgado
Uma voz crítica e construtiva no debate democrático
Num tempo de polarização e desencanto, Miguel Morgado mantém-se fiel à ideia de que a democracia se constrói com debate informado, com exigência intelectual e com coragem moral. O seu pensamento revela-se uma defesa vigorosa da prudência política, da autoridade bem exercida e da liberdade como responsabilidade. Questiona o papel das elites, os limites da tecnocracia, o esvaziamento das ideologias e o declínio da linguagem política — tudo sem ceder ao populismo nem à indiferença.
O que propõe, em última instância, é um regresso à substância: à palavra que compromete, ao pensamento que estrutura, à política que educa. Para Miguel Morgado, a vida democrática exige cidadãos que saibam pensar, líderes que saibam decidir e instituições que saibam escutar. O seu contributo é, por isso, essencial — não apenas para compreender o que somos, mas sobretudo para imaginar, com lucidez, o que podemos ser.


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