Criar soluções sustentáveis para os principais desafios ambientais e sociais
Frederico Fezas-Vital é um líder incansável, potenciador de mudanças positivas e de criação de pontes sistémicas em ambientes multistakeholders, imerso no ecossistema de inovação e impacto social há quase duas décadas. É o responsável pelo CATÓLICA-LISBON Yunus Social Innovation Center – um Centro de Excelência que produz conhecimento e fomenta iniciativas e projetos de inovação social –, assim como Diretor Executivo do Pact for Mental Health in the Workplace – uma coligação de organizações que querem desenvolver e melhorar as suas políticas de promoção da saúde mental e bem-estar dos seus colaboradores.
É advisor, consultor, professor, formador e mentor, nos domínios do empreendedorismo, inovação social e comunicação criativa de sustentabilidade.
A prova viva que alguém determinado pode marcar uma diferença no mundo




Formado em Direito pela Universidade Católica, o seu caminho rapidamente se desviou para os campos do empreendedorismo e da inovação social. O ano de 2007 marcou essa mudança de rota, quando fundou a Terra dos Sonhos, uma ONG dedicada a apoiar a saúde emocional de crianças com doenças graves, em situação de vulnerabilidade e idosos. Pelo seu compromisso, recebeu o Prémio Cidadania do Rádio Clube Português em 2009 tendo a Terra dos Sonhos sido reconhecida como Projeto de Empreendedorismo Social de Alto Potencial, em 2011, pelo Mapa de Inovação Social e Empreendedorismo, desenvolvido pelo IES.
À medida que a sua visão se foi ampliando, abraçou novos desafios, como o de ser Diretor de Competências Changemaker na Ashoka Portugal, representação portuguesa da maior organização de apoio e promoção do empreendedorismo social no mundo, que fundou com um amigo, lançando programas educativos inovadores, e colaborando com entidades globais em iniciativas pioneiras, sobretudo, mas não só, na área da Educação.
Não há desculpa para não fazermos a mudança. Temos de ter um sonho comum, não só de sobreviver, mas de viver bem num planeta que é nosso. Temos de o respeitar.
Frederico Fezas-Vital
Empreendedorismo como ferramenta para construir um mundo sustentável e justo
O seu legado de ensino e mentoria estende-se por várias instituições, desde a Junior Achievement Portugal – a maior organização do mundo em Educação em Empreendedorismo, com impacto global em mais de 10 milhões de estudantes em 120 países, da qual Frederico foi CEO até 2021 –, até à CATÓLICA-LISBON, onde desempenha papéis importantes na formação de futuros líderes e na promoção do empreendedorismo e da inovação social.
No Expresso, é coautor e convidado residente no “Ser ou não ser”, um podcast semanal que se debruça nos temas da sustentabilidade, ecologia e responsabilidade social e corporativa. Enquanto orador, palestra não só sobre sustentabilidade, como também sobre empreendedorismo, inovação social, educação e saúde mental.
Frederico é uma pessoa intensa e apaixonada pelas grandes causas. A sua criança interior não o deixa descansar, mas fá-lo rir quando as coisas se complicam. Um sonhador com os pés assentes na terra, que adora desafios e odeia injustiças.




Frederico responde
Porque é que o teu tema é essencial nos dias de hoje?
Frederico Fezas-Vital: Falar sobre as formas como as empresas podem criar valor para os seus diferentes stakeholders (e não apenas para os seus shareholders), gerando em simultâneo valor económico, é falar sobre como podem continuar a garantir a sua sustentabilidade financeira no futuro. É uma questão de negócio, que vai muito além da mera responsabilidade social corporativa. E, sobretudo com a polarização crescente em torno do que devemos ou não fazer, enquanto gestores, em matéria de gestão da sustentabilidade e dos impactos não financeiros dos negócios, é preciso sermos corajosos, tomar decisões e assumirmos que tipo de organização queremos ser para os nossos clientes e colaboradores, alinhando a forma como fazemos negócio com este propósito. As empresas que forem pioneiras e inovadoras, nas formas como geram valor social e lucro, em simultâneo, estão a trabalhar na sua competitividade, a médio e longo prazo. Não por compliance, mas por decisão estratégica. E isso é altamente diferenciador.
Que impacto concreto o teu trabalho já teve em empresas ou pessoas que assistiram às tuas palestras?
Frederico Fezas-Vital: O meu trabalho, em vários formatos – como palestras, workshops, retiros, consultorias, avaliações de impacto, ou outros –, sobre mudança e transformação social, sobre o empreendedorismo enquanto processo de construção de negócio e inovação, e enquanto modo de vida, ou sobre a criação de valor para a sociedade por organizações que querem ser changemakers, criando valor económico em simultâneo, gera, por norma, alguns tipos diferentes de reações/resultados: 1) Inspiração para a mudança – Em muitas situações, pessoas mudaram a sua carreira ou mudaram a forma como trabalhavam, tornando-se, por exemplo, empreendedores, dentro ou fora das organizações onde trabalhavam; 2) Progressão nas estratégias de impacto e inovação com impactos não financeiros significativos – Em muitos casos também, empresas começaram a desenhar estratégias mais sólidas relativamente ao modo como geriam o seu impacto não financeiro e como faziam inovação social; 3) Aplicação das ferramentas práticas dadas, no desenho de projetos de inovação que resolvem desafios sociais, ambientais ou económicos, da organização ou dos stakeholders, em perfeito alinhamento com o negócio core e com sustentabilidade financeira, gerando oportunidades de negócio que geram impacto.
Que insights ou mudanças imediatas o público pode esperar ao assistir à tua palestra?
Frederico Fezas-Vital: Mudar a forma como se olha para os negócios e para o seu potencial de resolver problemas sociais, ambientais e económicos, gerando, em simultâneo, receita ou novo negócio para as empresas; Eliminar muitos mitos sobre o que é o impacto e a verdadeira inovação social, e sobre como as empresas se podem posicionar neste território, de forma pioneira e com valor económico; Entender que a responsabilidade social corporativa já não é algo diferenciador, sendo apenas o básico de uma nova forma de fazer negócio, e que ser inovador, neste território, é ir mais longe do que isso; Compreender que líderes inspiradores não são suficientes: é necessário que tenham seriedade, profundidade e consistência nas suas ações de impacto e inovação social, para que as estratégias possam produzir efeitos; Compreender que ter impacto positivo nas pessoas e no planeta é muito mais do que mero humanismo — é negócio, e a única estratégia de subsistência no futuro. Sem recursos e sem pessoas, não há negócio, e muito menos lucros. Lucros são bons, mas só se criarem valor real – não se destruírem valor. A sociedade e os nossos clientes e colaboradores não são entidades diferentes. Ter impacto positivo na sociedade é, pois, valorizar e nutrir os dois ativos mais importantes de qualquer empresa.
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