Cada onda traz uma história e cada viagem uma curiosidade a contar
João Kopke é muito mais do que um surfista talentoso, ele é um verdadeiro contador de histórias, um StoryRider que vive intensamente não só o surf, como a poesia, o vídeo, a fotografia e a música: superpoderes que lhe permitem expandir as suas noções de mundo e com elas acrescentar mais vida àqueles que ficam por casa à espera de mais uma história, de mais emoção, e que então se sentem motivados a sair dela e a explorar o que o nosso universo coletivo tem a oferecer.
Graças à forma singular que encontrou para retratar as ondas, as viagens, as pessoas e os lugares por onde passa, hoje produz conteúdos para marcas que querem chegar ao seu público através de formatos inovadores: sempre com humor, empatia e uma incrível capacidade de comunicação.
Um mar de interesses e talentos e a inquietude de um ser multi-ser




Desde pequeno, o João destacou-se no mundo do surf, conquistando títulos nacionais e europeus, e representando Portugal em competições internacionais. Contudo, enquanto dominava as ondas, o seu interesse pela música também o apaixonava, levando-o, aos 10 anos, a estudar contrabaixo e canto lírico no Conservatório Nacional.
À medida que crescia, foi explorando outras paixões como a fotografia e a produção de conteúdos. Através delas, descobriu como o surf pode ser uma ferramenta poderosa para contar histórias, amplificar lugares e culturas e transmitir mensagens inspiradoras e impactantes.
Houve sempre uma inquietude difícil de segurar num só talento e num só caminho. A ideia de ficar preso a uma só coisa com tantas por explorar, fez com que quebrasse as barreiras que a sociedade lhe impunha, experimentando tudo o que lhe despertou paixão e interesse. A coragem de assumir esses multi-seres tem inspirado gerações mais novas, que se identificam com esta multiplicidade transversal de interesses e de talentos.
As perguntas que faço conectam-me com outras pessoas, obrigam-me a repensar, alimentam o meu interesse pelas coisas que me rodeiam. As pessoas curiosas, parece-me, dão ao mundo tanto quanto recebem dele. Não sei se é a curiosidade que vai mudar o mundo, mas tê-la sempre presente não nos deixaria a todos muito mais felizes?
João Kopke
As melhores histórias estão em todo o lado, basta cultivar a curiosidade
Procurando sempre compreender melhor o nosso mundo, o João ainda estudou Ciência Política e Relações Internacionais na NOVA FCSH, e recentemente tem-se aproximado das temáticas da Biologia e Ambiente para cumprir a sua missão de comunicar a sustentabilidade.
A sua presença online, especialmente no Instagram, é uma montra para as suas peripécias dentro e fora de água. Por outro lado, através de projetos como "Riding Portugal" – no qual, em parceria com a TAP, explorou o melhor que a natureza e a cultura portuguesa têm para oferecer – e "Frequency" – onde juntou o mundo do surf às músicas do mundo – o João partilha as suas descobertas, inspirando outros a viverem uma vida rica em experiências. Para este ser com tantos mundos, a vida é uma jornada repleta de possibilidades. Através das suas histórias cativantes, convida-nos a embarcar nessas viagens, a assumir os nossos talentos e a encarar a curiosidade e a profundidade como ferramentas para navegar pela vida de forma emocionante e plena.




João responde
Porque é que o teu tema é essencial nos dias de hoje?
João Kopke: O mundo de hoje, com a tecnologia a permitir o acesso a cada vez mais conhecimento e realidades, possibilita-nos nutrir vários interesses ao mesmo tempo. Por isso, nunca existiram tantas pessoas com paixões tão diversas — ou seja, nunca existiram tantos Multi-Seres — como agora. Mas o mundo de hoje, por outro lado, ainda não está preparado para os Multi-Seres, continuando a empurrar-nos para a escolha de uma única vocação. As empresas não estão preparadas para os acolher, o que gera problemas tanto para as organizações, que não sabem como os integrar nas suas estruturas, como para os próprios Multi-Seres, que acabam por não saber como conciliar todas as suas paixões. Dotar pessoas e entidades das ferramentas necessárias para se adaptarem a esta realidade é essencial, quer para nos sentirmos realizados enquanto indivíduos, quer para que o nosso contributo profissional se amplifique através das nossas múltiplas vontades e capacidades.
Que impacto concreto o teu trabalho já teve em empresas ou pessoas que assistiram às tuas palestras?
João Kopke: Sendo nós próprios — eu, o Jayme e a Nayeli, que criámos este conceito — Multi-Seres, temos visto que a partilha do nosso percurso tem inspirado muitas pessoas, não só a seguirem as suas paixões, mas também a encontrarem uma utilidade para elas. Desde pessoas mais jovens, que conseguiram responder à assustadora pergunta “o que queres ser quando fores grande” sem se limitarem a uma única resposta, até empresas que, com esta mudança de pensamento, começaram a aproveitar melhor as polivalências dos seus colaboradores, chegando mesmo a criar novas funções adaptadas a essas pessoas.
Que insights ou mudanças imediatas o público pode esperar ao assistir à tua palestra?
João Kopke: Para começar, esta palestra pode ser o ponto de partida para algumas pessoas perceberem que, afinal, também se identificam como Multi-Seres. Pode ainda ajudar outras a reconhecer quem à sua volta é assim, tornando mais fácil a integração e valorização dos Multi-Seres em contextos pessoais e profissionais. Além disso, partilhamos algumas técnicas sobre como aplicar esta forma de estar no dia a dia, para nos ajudarmos a nós próprios e às pessoas com quem nos cruzamos.
MATERIAIS DE COMUNICAÇÃO
Press Release
Biografia
Fotografias
Vídeo